sexta-feira, 20 de novembro de 2009


Um dos maiores movimentos culturais de Gyn, o Santuário das Artes, promovido por Elifas Modesto e sua Helena (os dois são artistas plásticos, ele escultor, ela idem), premiou várias personalidades na segunda-feira, dia 18 de novembro de 2009. O jornalista Ulisses Aesse (eu) fui um dos homenageados. Acabei fazendo um discurso e incentivando a produção cultural goiana. Disse, na minha fala, que Goiás tem muita coisa boa para mostrar. E vamos empurrar, nem que seja goela abaixo, a nossa produção. Na foto, Elifas e Helena entregam o troféu esculpido pelo próprio Elifas a este escriba.

O Odisseu Odissei, meu filho bastardo, continua aprontando das suas. Dessa vez, participou de uma coletiva no Chile. Aliás, com apoio do casal de marchand e artistas, Malu Cunha e G.Fogaça. Duas boas criaturinhas do Planeta Terra. Sem maldade alguma. Odisseu Odissei não quer nada. É um consolo para os artistas medíocres. Alias, sem Odisseu Odissei, o mundo da pintura seria o mesmo. O quadro que ilustra esta nota é 'O Velhinho de barba que carrega a bengala no skate'. O artista barbudo é o G. Fogaça.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O ministro Sarkozy só veio ao 'Brazil' para fazer lobby. Ele quer vender os caças (aviões de combates) e o presidente Lula deve se curvar ao lobby dos franceses. Aliás, por falar em França, tenho um irmão, uma cunhada e dois sobrinhos habitando a terra da Torre Eiffel. Aliás, minha família é internacional: minha irmã mora nos EUA, meu irmão (mais velho), na França e o mais novo está em missão (jornalística) na China. Depois pula para a Rússia (terra do querido poeta Maiakovsky e do Puchine). País de monstros sagrados da literatura. Não posse me esquecer de Dostoievski.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

meu gato é lindo!

terça-feira, 16 de junho de 2009

A minha paixão pelas coisas velhas



"Não acho que as coisas ‘velhas’ ou os velhos sejam irrelevantes em nossas vidas de pessoas mais novas"
Ulisses Aesse
Antes de morrer, meu avô João Amaro levou até minha mãe um ferro velho, desses que funcionavam a brasa. Disse que sabia da
minha preferência pelas coisas ‘velhas’. Pediu a ela que me desse o ferro, guardado havia anos. Meu irmão, vendo a antiguidade, se
interessou por ela. Recebeu a negativa de minha mãe:
– O ferro antigo é para o Ulisses.
Minha mãe me incentivava em tudo. Certo dia, me viu com uma das orelhas furada e, ao invés de me censurar, preferiu me oferecer
alguns pares de brinco para uma seleção:
– Escolha um deles. São meus, mas servem para homem. Esse seu (o que estava na minha orelha) não é de material bom e pode
infeccionar.
Certa de que dificilmente me veria como um cidadão comum, desses que se contentam apenas com o tempo presente da vida,
minha mãe nunca achou ruim quando chegava em casa com alguma coisa velha.
Lembro-me quando comprei uma Vespa. Recebi seu aval. Rindo um sorriso desconfiado, disse em tom de brincadeira:
– Não tinha nada mais moderno?!!
Riu, olhou, foi para o azul claro da sala.
Não vejo os olhos com a modernidade dos que têm gula na alma e censuram o diferente na vida das pessoas. Prefiro acreditar que
tudo na vida tem o seu sentido, o seu significado. O ferro, o brinco, a Vespa, a paixão pelo diferente, pelo incomum.
Não acho que as coisas ‘velhas’ ou os velhos sejam irrelevantes em nossas vidas de pessoas mais novas. Não há razão para
censurar o sol quando descobrimos um planeta novo com o brilho de nossa curiosidade. Tudo tem sentido na vida e nossa vida tem
sentido em tudo que é passageiro. Mesmo que fique pensando na nossa eternidade.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Meu nome é Nego. Não me importo muito com as coisas. Aliás, fico feliz quando ganha uma latinha de Wiskas. Mais suculenta, impossível.

terça-feira, 2 de junho de 2009

A luz do forno da vida

Oi, estou vivo! Amanhã desço do meu salto e me aproximo da terra. Estarei no lançamento do livro Praça das Artes, do meu amigo PX Silveira e G.Fogaça. Há uma luz infinita que me abraça no futuro. Não como a luz do Sol. Maior que ele. A luz do forno da vida.

Há uma celebração na natureza



Quando viajo pelas linhas do horizonte me perco sempre no limite da busca
Às vezes me pego com o olhar perdido na natureza. Estou ali, tão presente como as ramas que se espalham na umidade do solo.
Não há razão para não me sentir vegetal. Imagino meus braços balançando como as folhas das árvores num aceno para a vida:
— Oi, estou aqui, vivo!
Vejo um certo sorriso nas águas que se abrem com a queda de uma folha ou de uma semente. Há um certo suspiro no fruto que cai
na terra pronto para o sabor de quem vai experimentá-lo no prazer da fome.
Não consigo mais respirar sem que olhe para as plantas e sua extensa e espalhafatosa geografia, como se procurasse ali quem não
pudesse encontrar entre as espécies perdidas desses homens e seus espantalhos.
Quando viajo pelas linhas do horizonte me perco sempre no limite da busca. Procuro o ser elementar que muitos procuram e que,
com certeza, seja gnomo ou duende, está contido nas formas da natureza, nas suas cores manchadas de felicidade.
Há ali a certeza de que não somos sozinhos no mundo e como é importante cada célula verde que fabrica a fotossíntese que nos
alimentar o ar.
Não consigo não ver no derramamento do sol (essa cachoeira de luz!) a certeza da vida. Há ali a absoluta certeza de que a vida é
uma eterna celebração e que somos só poeiras nesse processo intenso que é a comunhão.
Algo me inquieta quando noto que as pessoas usam as plantas apenas como adorno. É como se sentisse eu próprio o adorno dos
outros.
Há necessariamente que se pensar que a vida está presente na vida nas suas diversas formas e que as flores e os frutos nos são
tão necessários como é necessária a alegria por querer viver.
Vivo porque quero viver.
Ulisses Aesse é editor de Reportagem

domingo, 31 de maio de 2009

Adeus, leite derramado!


Não adianta chorar o leite derramado. Goiânia não seria a não será (nunca) sede de uma das etapas da Copa do Mundo de 2014. Não há como ganhar das outras cidades. Goiânia, ao longo da sua história, ficou e está sem um administrador de futuro. Temos prefeito só de presente. Goiânia precisa de um administrador mais arrojado, menos presente ao passado. Cuiabá, Portal do Pantanal, não é melhor que Goiânia. Mas não é pior. O grande trunfo é ser hoje a porta de entrada de um bioma, que é, inclusive, reconhecido como patrimônio natural do Brasil. Até hoje o Cerrado não é reconhecido.

sábado, 30 de maio de 2009

Um cumprimento frio

O encontro entre Marconi Perillo e Alcides Rodrigues, em Corumbaíba, foi mais frio que faca de IML. Um cumprimento de olho a olho. Logicamente que com efeitos para 2010. Quem conhece Marconi sabe que ele quer dar um troco em Cidinho. Quem conhece Cidinho, sabe que 'mineiro come pelas beiradas'.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Susan Boyle já coloca as manguinhas para fora

A beata Susan Boyle começa a colocar 'as manguinhas pra fora'. No noticiário de hoje e de ontem, só foram levantados os aspectos negativos daquela que se transformou, da noite pro dia em uma verdadeira heroína anônima. Susan Boyle é acusada de ser agressiva com um policial de trânsito, de atacar fãs (sempre os indefesos fãs) e também de agredir verbalmente alguns repórteres. Susan Boyle é aquela velhinha que conquistou os jurados do 'Britain's got talent' e que virou celebridade na internet, em especial no famoso Youtube.

Um consenso na oposição da OAB

Sob a coordenação do ex-procurador-geral de Goiânia, Ricardo Dias, os advogados Leon Deniz, Alexandre Abreu, Márcio Messias, Ascânio Darques, Manoel Leonilson, Célio Sanches e Eliomar Pires Martins celebraram, ontem, no Restaurante Árabe, um acordo para construir a unidade das oposições nas eleições da OAB (seção Goiás). O primeiro passo será fechar um programa comum. Depois, poderá ocorrer o afunilamento de nomes.
— As conversas avançaram, mas podem avançar ainda mais — avalia Dias.
Dalmy de Faria e João Rezende, apesar de convidados, não participaram da rodada gastronômica e política. O pleito ocorrerá em novembro deste ano.

O homem que fugiu da lua

O Congresso definitivamente não quer trabalhar

As pessoas de bem (os sensatos) deveriam fazer uma campanha para se dar um tempo do Congresso Nacional. Não definitivamente, mas umas 'férias coletivas'. Um exemplo de que os congressistas não querem trabalhar é a proposta de se convocar o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, para dar satisfação a um punhado de deputados (corporativistas e conservadores) porque ele participou da 'Marcha da Maconha'. A proposta partiu da Comissão de Segurança Pública da Câmara que aprovou um requerimento de convocação para que Minc explique sua participação na 'Marcha da Maconha', no Rio de Janeiro. Na verdade, há hoje uma disposição do Congresso em apenas ficar nesssas briguinhas, nessas provocações bobas e que não levam a nada. É gastar dinheiro público (do povo) com questiúnculas, com politiquices de parlamentares que se beneficiam diariamente. Enquanto isso, o povo está sem segurança, morrendo nos postos de saúdes, sem dinheiro para ônibus (quando se tem ônibus), sem direito a uma educação decente...

O velho que cresce jovem em mim

Amo tudo na vida que tem formas e cores.
Amo os pássaros na essência do seu voo, risco breve no céu.
Amo o palhaço na sua simplicidade de criança, que no adulto passou a contar a regressão das horas e se fortalece no sorriso de quem descobriu o amor generoso do crescimento.
Amo o ar na sua compreensão com o tempo. Não há coisa sem ar
em volta, sem a cobertura do seu silêncio transparente que,
às vezes, se transforma no zunido das tempestades, prontas
para devastar tudo que lhe é arrogante pela frente.
Sempre gostei — aprendi com os dias — e respeitei os velhos:
plácidas geografias de rugas, a nos contar as histórias dos
conteúdos mágicos do passado que nos fogem como areia das
mãos nessa ampulheta que guardamos veladamente no canto
esquerdo do peito e que se chama 'coração'.
Não há como viver sendo eternamente esse jovem que somos
quando na verdade não somos mais esse jovem que aparentamos
ser, e, quando, jovem, éramos apenas a dimensão
desse edifício que erguemos com o tempo. Não podemos ser a
criança que fomos quando nossos olhos estão um tanto
cansados de ver a violência, desses que segregam os pais em
detrimento da vaidade momentânea de quem não vê e nunca viu
a velhice como uma dádiva de Deus, de quem violenta o amor
dos pais na dimensão de quem veio ao mundo apenas para
juntar quinquilharias de um museu perene e sem alma.
Vejo no rosto de cada velho a falta de amor dos filhos que
se gabam o bastante em serem apenas pórticos corpos de
células na ignorância de quem ainda falta muito para que
possamos respeitá-los na sua essência de quem nos formou e
nos compreendeu.
Não suporto ver a dor nos olhos dos pais do jovem brasileiro morto na sangrenta
desigualdade quando vejo nos olhos das autoridades
da guerra apenas a vaidade dos demônios que nos queimam como
se queimasse o tabaco da vida alheia sem se preocupar com a
vida dos pais que morrem aos poucos quando vêm os filhos se
afastarem no aceno sem volta.
Não há razão para crer nessas pobres almas que não respeitam
a ciência do tempo que nos envelhece e nos dá o suporte para
que tenhamos mais paciência com os adolescentes nas suas
rebeldias de quem ainda nem chegou a nascer. Não há razão
para não poder pedir a esses jovens que tenham mais ternura
com o tempo que um dia haverá de perseguí-los nas estradas
escuras de quem não pode, e nunca poderá, evitar a própria
morte, sem que dependa, para isso, de nós mesmos.
Há dias que não freqüento um asilo. A última vez que fui,
não me esqueci das tantas vidas que pude encontrar (no Solar
Colombino, ali, no Parque Amazonas e no asilo Sagrado
Coração de Jesus, no Parque das Laranjeiras), das tantas
vidas crianças inocentes que se vão, quem sabe, fragilizadas
no amor do vaivém do tempo.
Peço a Deus que ilumine cada leitor desse texto para que
ampare esses velhos que existem dentro de si, mesmo que a
sua idade de matéria não seja a idade dos dedos das duas
mãos juntas, nem postas numa oração. Peço a todos que
iluminem seus velhos na compreensão de quem veio para
abraçar, para amar, nunca para odiar e pedir para si a
ganância de toda a vida.
Pedir a si mesmo para que entenda cada minuto que se passou
a fim de compreender cada minuto que virá é o mesmo que
abraçar e beijar a face enrugada de quem nos deu a chance de
conhecer o caminho, de poder beber a água que nos faltou na
sede, de poder respirar o ar que sempre nos confortou no
crescimento da semente.
Posso estar distante do jovem que sou para correr sem medo
do velho que serei amanhã sem perder a criança que me
instruirá nos minutos que se sucedem. Não sou dono do tempo.
Não sou dono das horas. Mas carrego explodindo em mim esses
mistérios do futuro que a Deus pertence. E vejo nele o
amor aos velhos, esses doces cachos de história e sabedoria.

Outro auto-retrato meu

O texto abaixo é assinado pelo deputado Carlos Leréia. Uma resposta ao governador Alcides

Chamar-me de “cavaleiro da triste figura”, é, antes de tudo, um elogio, porque talvez não haja, na história da humanidade, lição maior da entrega de si mesmo a uma causa como a que nos legou Cervantes, com o personagem de Dom Quixote.
Mas eu não luto contra moinhos, nem figuras imaginárias! Luto contra um governo ingrato e inoperante que, até agora, não ergueu a cabeça, nem se dispôs à batalha verdadeira e franca em favor do progresso e da sociedade do nosso querido Estado de Goiás.

Se ilhando cada vez mais

Alguém precisa dizer a Marconi que com 'Guerra' não se chega a lugar algum. A velha prática de tocaias, de pistolagens verbais só prejudica. Se ele não impor ao seu PSDB uma atuação coordenada, sem os ataques pessoais, cada vez mais, vai arrumar inimigos em Goiás. Na verdade, com essa prática, Marconi vai se ilhando.

O sonho de Marconi

O senador Marconi Perillo tem um sonho: ser eleito pela terceira vez governador de Goiás. Mas o sonho não está somente aí. Quer receber das mãos de Alcides o Governo de Goiás. Talvez o seu melhor sorriso. Isso se o seu sonho se realizar. Poucas vezes um governador chegou ao terceiro mandato em Goiás. Marconi seria, a bem da verdade, a excessão.

Goiânia fora da Copa

Anotem aí: domingo o anúncio sobre as cidades brasileiras que vão sediar a Copa do Mundo de 2014 não inclui Goiânia. Culpar os governos, as administrações não é correto. Correto seria culpar Deus, por não ter-nos dado um mar. Só o 'Mar do Cerrado' não atrai ninguém.

Um alto preço para softwares

Recebo um e-mail que pode ser conferido. Segundo o autor, foi publicado na última terça-feira, no Diário Oficial do Estado (na página 21, a homologação de pregão presencial n. 082/2009, pelo qual a Secretaria de Segurança Pública vai pagar R$ 6.344.000,00 (seis milhões, trezentos e quarenta e quatro mil reais) pela licença de uso de software, conforme cópia em anexo.
- Com este dinheiro daria para ser compras 320 (trezentas e vinte) viaturas policiais da marca VW-Gol. Um absurdo de mal uso de dinheiro público - diz o emitente.

Leréia com bengala correndo atrás da situação

Exemplar

Adoção não é brincadeira. Pelo contrário. Em Uberlândia um casal adotou uma criança e sete meses depois a devolveu ao abrigo. O Ministério Público de Minas Gerais pediu punição ao casal por reparação de danos causados à criança. Está completamente certo.

Caro e meio

É mesmo drurys. Pagar R$ 60 (sem direito a consumação) para ir a algumas boates da 64ª Festa Agropecuária. Os locais estão sempre espremidos e sem conforto. Se a pessoa for acompanhada, a despesa é em dobro. Numa noite pode “morrer” em um salário mínimo.

O livro

O multimídia PX Silveira é a atração da próxima quinta-feira. PX (foto) autografa (com apoio da GPL Engenharia) o livro Praça das Artes. A obra mostra todo o processo de concepção, criação e instalação da Praça das Artes, no Jardim Goiás, de autoria do artista plástico G. Fogaça. A GPL Engenharia e a Comurg desenvolveram todo o urbanismo do espaço.

Canedo diz que Iquego está à disposição do MP

O presidente da Indústria Química do Estado de Goiás S.A. (Iquego), Pedro Canedo (ele já foi deputado federal em Goiás), afirmou ontem, tendo em vista nota publicada na edição do último dia 26 (nesta coluna), que a Iquego só tomou conhecimento da ação cívil pública pedida pelo promotor Fernando Krebs por meio do jornal Diário da Manhã:
— A Iquego enfatiza o reconhecimento como função do Ministério Público de promover os questionamentos e propor ações que entender necessárias no que se refere à entendida defesa do interesse público – disse Pedro Canedo (foto) a este repórter.
De acordo com o presidente da Iquego, a indústria está ciente de que não são diferentes os propósitos do Ministério Público de Goiás e os dos dirigentes da estatal, e declara que, quando for devidamente citada, prestará todos os esclarecimentos, que serão oferecidos conforme a legislação processual, a fim de que fique comprovada a inexistência de qualquer irregularidade na Iquego.
Pedro Canedo afirma ainda que os documentos encaminhados ao Ministério Público para apreciação do promotor Fernando Krebs foram todos também enviados ao Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE), que embora tivesse questionado algumas questões relativas à obra, acatou prontamente as explicações prestadas pela Indústria Química de Goiás.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Meu auto-retrato


Sono e nojo

Ontem, durante sessão na Assembleia Legislativa, quase nenhum deputado trabalhou. A maioria ficou discutindo crises políticas e cada um defendendo sua brasa, suas sardinhas. Só agressões e defesas. Quem assistiu pela TV Assembleia ficou com sono. Outros, com nojo. Ou como medo dos “bravões”. Num momento de gritaria, Misael Pereira desafiou o deputado peemedebista (ausente da sessão) Thiago Peixoto.

Na terra dos brutos

Um policial provocou uma baita confusão ontem no Cais do Urias Magalhães. Diante de um problema no atendimento, tirou a arma, ameaçou um guarda municipal, pôs banca em um rosário de pacientes, que permaneciam indefesos. O comando da PM promete tomar as providências.

Roriz xinga presidente do PMDB

Ontem, esta coluna escorregou. Tadeu Filipelli é deputado federal, e não distrital. Num encontro com peemedebistas, inclusive, com o próprio Filipelli, o ex-governador Joaquim Roriz (foto) atacou o colega de partido. Chamou-o (ele é presidente do PMDB do Distrito Federal) de “vagabundo”, “mentiroso” e outros adjetivos nada publicáveis. No final, em entrevista ao jornal Correio Braziliense, Joaquim Roriz admitiu que, se não for candidato pelo PMDB, pode ser por uma outra legenda.

O pedestal do monumento a Pedro Ludovico

Em primeiríssima mão, o projeto do pedestal (como deverá ficar) da estátua que vai homenagear o interventor e responsável pela mudança da Capital (da antiga Vila Boa para Goiânia), Pedro Ludovico Teixeira. A polêmica foi instaurada antes mesmo da instalação definitiva do monumento. Alguns querem colocá-lo (a presidente da Agepel, Linda Monteiro, é uma delas) no Morro da Serrinha. Muitos outros, entretanto, querem que o monumento fique mesmo na Praça Cívica, no antigo barracão que um dia foi a Prefeitura de Goiânia. A ideia é removê-lo e, no seu lugar, erguer aquele que será a grande e a maior homenagem ao maior “goianiense” que a Capital já teve: o velho “caudilho” Pedro Ludovico. Já totalmente fundida, a grande estátua de Neuza Moraes (já falecida) só espera a paz da definição: ou na Serrinha ou na Praça Cívica, que, aliás, já tem o nome de Pedro Ludovico. Que vença a coerência. A foto chegou até este repórter via e-mail, por isso está com a qualidade um pouco nublada.

O twitter de Caiado

Ao lado do quase-presidenciável governador paulista José Serra (PSDB), o líder do Democratas na Câmara, o deputado federal goiano Ronaldo Caiado, foi destaque de matéria publicada pelo maior site de notícias do País, o G1, pertencente à Globo. O título “De olho em internautas, políticos brasileiros aderem ao Twitter”, mostra o quanto Caiado se adaptou às novas ferramentas de mídia. Ele foi o primeiro político goiano a lançar um blog. Mania entre políticos e celebridades nos Estados Unidos, o popular serviço de microblogs gratuitos Twitter começa a conquistar adeptos entre os políticos brasileiros. Em comum, eles usam a ferramenta (que permite mandar mensagens curtas, de até 140 caracteres, para telas de computador ou celulares) para divulgar ações do mandato ou fazer comentários pessoais. É o caso do líder do Democratas na Câmara, deputado Ronaldo Caiado. Dono de um blog onde publica artigos e eventualmente vídeos postados no Youtube, ele tem mantido bem atualizado o perfil criado no Twitter há cerca de um mês – elogiou o site. – É muito importante, principalmente para nós da oposição, para expor nossos argumentos. O Twitter é um resumo sucinto. Não detalha, mas pauta as matérias. E depois, as pessoas buscam mais detalhes no blog – explicou Caiado ao site. Dentre os goianos políticos, Caiado é o que tem mais seguidores. Quase 400. – Aos poucos vamos criando uma rede de simpatizantes e também, claro, críticos ao nosso trabalho – afirmou Caiado, que não nega a animação. Para atualizar posts e “twittar”, Caiado usa um Blackberry Bold (foto), o mesmo usado pelo presidente dos EUA, Barack Obama.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Sociedade Protetora dos Animais

Um grupo de ambientalistas quer processar o secretário da Fazenda, Jorcelino Braga. Principalmente os que têm cães vira-latas. Aliás, o que os cães vira-latas têm a ver com a briga entre ele e o Carlos Alberto Leréia. Leréia não é conversa fiada?!!

O tempo não passa para quem ama

Minha mãe se foi para sempre há quase dez anos. Dias desses me peguei referindo à sua morte como se ela, a morte (a rasteira de sua ausência), tivesse ocorrido há pouco menos de três anos, há tão pouco tempo.

Morrer pode ser algo relativamente grande, distante na geografia, para quem não gosta. Para quem ama (e respeita), o tempo não passa. É tão eterno, mas tão curto que as lembranças são janelas próximas à cabeceira de onde nos apoiamos. E nelas, nunca deixamos de sonhar ou de sentir a vida.

Ultimamente, dedico boa parte de meu tempo ocioso ao amor de um pequeno animal quadrúpede, perninhas tortas e com o raciocínio carinhosamente de um felino: um gato.

Não consigo imaginar minha vida sem ele, pequena bolinha andante de pelos e ronroneios a me perseguir implacavelmente pelos caminhos quadrados do apartamento: o Nego. Eu e minha mulher, Carol.

Há poucos dias, num hipermercado, um casal se esbaldava na compra de papinhas e fraldas para seus netos gêmeos (ainda de colo). Ao ver- me com uma ‘papinha’ felina na mão, a senhora no alto do promontório de sua vida ironizou:

– E os filhos, não sobra tempo para eles?!!!

Gelei sua ironia num silêncio que veio bolinado de um sorriso de quem sequer teve o desatino para perceber a ironia.

– Sobra, mas não os vejo como alforria para a felicidade.

Senti uma certa frieza sua ao ouvir a resposta. E partimos cada um para seus destinos.

Não entendo a resistência que alguns têm em relação aos que amam seus animais como amam seus semelhantes ou aos que veem a morte como uma distância tão intransponível como o é para o senso comum dos que cultuam a morte como herança sádica do catolicismo. Na verdade, nada mais do que a reação do vizinho que não bate na porta para nos afagar, mas para afundar o nosso crânio. A resistência geralmente parte dos egoístas, dos que acreditam somente na equação de que o amor é forjado numa forminha de gelo ou fabricado numa forminha de bolo e que, nessas, cabem apenas os sentimentos dos que juram ter só eles os sentimentos e desses que pregam gritar abaixo as suas emoções, como se fossem a única certeza do mundo a amar e desamar as pessoas, as coisas. Não é certo pensar que a morte existe igual para todos.

Morrer para uns é tristeza. Para outros, tempo de luz. E amar nunca será igual para todos.

Os sebos e o velho Taiguara

Ontem dei uma de udigrudi mochileiro. Fui a uns quatro sebos. Todos iguais: o cheiro, o mesmo; os livros (quase os mesmos) desinteressantes de sempre; os discos (tantos os vinis quanto os CDs) todos iguais. Só uma coisa me chamou a atenção: os preços dos CDs e de alguns livros são mais caros que as lojas tradicionais como a Saraiva, a Leitura, o Extra, o Carrefour, a Americanas. Até hoje tem dono de sebo que acha que leitor e espectador (de músicas, os ouvintes) são bobos. Na lógica, o preço dos usados deve ser bem menor que o dos novos. Em tempo: quem vai aos pregos, também, tem esta constatação. Bem, mesmo assim, nem tudo são espinhos. Comprei um método de sanfona (em espanhol), de milnovecentoseantigamente e um vinil (as melhores músicas) do velho e falecido Taiguara. Universo no teu corpo, Que as crianças cantem livres e outras. Desci nas escadas do tempo. Algo magnífico.

Jobs pode ser um azarão na vida dos convencidos

Um grupo de estudantes secundaristas procurou na segunda-feira o vereador Negro Jobs para uma convocação: que ele seja candidato ao governo de Goiás. Nome de relevância do pequeno PSL, Jobs disse que não tem medo de concorrer.
— Já fiz campanha com R$ 3 mil. A campanha informal (e por brincadeira) começou na internet.
— Tem uns meninos fazendo um movimento — diz.
Jobs se refere ao site http://www.maisumpasso.com/ que lançou o gari também para presidente. Isso mesmo: você leu presidente. Além de Jobs, outros nanicos podem se lançar na inglória tarefa de enfrentar Iris Rezende, Henrique Meirelles, Marconi Perillo e o poder econômico. Nomes bons para o pleito: Elias Vaz (PSol), Gilvane Felipe (PPS), Paulo Souza (PV).

Bob Marley latiu e foi para o céu

Atendo um grambel não muito agradável de meu pai (aliás, quando não se mora com os pais e se recebe deles uma ligação, a tendência é que pelo menos em 50% dos casos a notícia não seja agradável): o Bob Marley acabou de morrer.

Explico antes que alguém pense que meu pai esteja maluco ou que eu tenha me enganado e feito uma confusão com um dos maiores ícones do reggae interplanetário. O Bob Marley que morreu, embora tivesse os olhos vermelhos, não é idolatrado, nem tocado nas picapes ou aparelhos de CDs do mundo inteiro. O Bob Marley que morreu é um cachorro que tenho (tinha) há mais de 16 anos (um basset hound) comprado do amigo artista plástico Jorginho Marques e que, com a idade nas alturas, não conseguiu segurar as pontas: morreu. Como dizem os mais descolados, numa adaptação canina: bateu as patas às 16h35 do último sábado.

Bob Marley (o meu finado) nunca tocou, cantou ou encheu de vil metal as cornuncópias dos barões do mercado fonográfico. Conquistou o nome sob a influência do cantor jamaicano, a quem ele, com certeza, nunca ouviu. O Bob Marley tinha os olhos vermelhos (uma das caracteríticas da raça basset), andava sempre de quatro (com as unhas por fazer, mais riponga impossível) e mal dava conta de subir (pular) nas pernas do seu dono.

Quando chegava à casa do meu pai, lá vinha o Bob (anônimo) com o latido rouco (atrás dele, o espoleta e ceguinho Wily Alves da Silva, um outro cachorro, um pintcher, que tenho) para cumprimentar seu dono na ausência, às vezes semestral, de quem ignorava a sua existência. Juro que não ignorava! Bob Marley nunca deixou de pular e dar o latido rouco, gutural, como se estivesse me censurando por ter ficado tanto tempo sem vê-los (meu pai, Willy e ele próprio).

Bob Marley, Black Star (também falecida), a Sêmile (também desencarnada) Fitz (também no céu dos cachorros) e Willy sempre foram bem cuidados pelo meu pai. Nunca faltaram sanduíches para eles (como viúvo e pensionista, seu Didi sempre gastou parte de sua renda mensal com x-saladas para seus hóspedes-filhos. O Bob Marley sempre preferiu um X-tudo!), nem se interessava por outros tipos de refeições que pudessem lhe garantir mais tempo de vida.

Certa vez, recebi um telefonema de minha mãe falando que Wily (apelido do Jubileu) estava doente. Corri com ele até uma clínica veterinária situada na Avenida Castelo Branco. Diagnóstico: estresse provocado pela bateria (música) que era tocada todos os dias pelo meu irmão Welliton, que é hoje músico de mão cheia, jornalista e advogado.

Depois de medicado, Wily voltou para casa feliz da vida e eu com a certeza de que cachorros (os animais) também têm doenças de gente grande e humana: o estresse é uma delas.

Bob Marley foi com Deus. Terá seu espaço no Paraíso. Nunca mordeu ninguém, nunca fez mal a ninguém, nem fez titica na calçada de nenhum vizinho. Foi carregando com suas perninhas curtas, com o andar ondulante o peso de uma imensa ternura.

Deixou mais triste meu pai, na verdade, mais pai do que avô, um pouco descrente no seu (quase) aniversário de 70 anos. Viúvo, com os filhos distantes, seu Didi perdeu um grande e fiel companheiro. Fica agora o Willy e um outro pretinho que não sei ainda qual o seu nome, e que tornou-se hóspede da casa há pouco tempo.

A residência na Vila Izaura, como dizem, ficou mais triste e perdeu mais uma boca. Resta o consolo de que Bob Marley não morreu de fome ou por ter sido maltratado, mas pela idade, algo inexorável (pequenas partículas de ouro que nos escapam entre os dedos) e que nos levam a um infinito ignorado.

(publicado no jornal Diário da Manhã)
Aviso aos navegantes e bombeiros: não queiram jogar água fria na guerra entre os marconistas e os alcidistas. É tolice. Há entre Marconi e Alcides hoje o mesmo sentimento de Caim e Abel. Aliás, Marconi bem que podia explicar as razões.